Infinito Vão: 90 anos de arquitetura brasileira

2021 - em andamento

 

Com curadoria de Fernando Serapião e Guilherme Wisnik, a mostra organizada em parceria com a Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura, onde esteve entre setembro de 2018 e setembro de 2019, viajou para território brasileiro no âmbito de uma parceria com o SESC 24 de Maio.

 

A exposição apresenta um recorte da história da arquitetura nacional por meio de obras e projetos arquitetônicos de 96 figuras emblemáticas do setor, entre eles Lucio Costa, Lina Bo Bardi, Oscar Niemeyer, Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha. Essa é a primeira exposição da Casa da Arquitectura a ser exibida fora de Portugal. A Base7 foi igualmente responsável pela logística no Brasil da exposição ocorrida em Matosinhos, Portugal.

 

O recorte curatorial compreende desde os anos 1920, marcados pela Semana de Arte Moderna de 1922, até os dias atuais. A mostra convida o visitante a conhecer e refletir sobre a liberdade de criação trazida pela modernidade e pela contemporaneidade advindas de novas perspectivas artístico-culturais em contraponto à arquitetura clássica, influenciada por construções europeias. Exposta entre 2018 e 2019 na Casa de Arquitectura, em Portugal, Infinito Vão é realizada pela primeira vez em território brasileiro e reúne obras e documentos desde o projeto da primeira Casa Modernista de Gregori Warchavchik, passando pelos movimentos ligados ao “Direito à Cidade” e ao emaranhado de coletivos e ocupações que discutem o tema da habitação nos anos 2010. 

 

Um dos principais pontos que conduziram a curadoria da exposição é que a arquitetura faz parte de um contexto cultural e histórico amplo, que coexiste e compartilha referências com outras linguagens, como as artes plásticas, a literatura e a música. Não à toa, o título da mostra toma de empréstimo versos de Drão (1982), música de Gilberto Gil: “O verdadeiro amor é vão, estende-se infinito, imenso monolito, nossa arquitetura”. 

 

A música, em particular, foi fonte de inspiração para os curadores organizarem os núcleos da mostra: Do Guarani ao Guaraná (1924-43); A Base é uma Só (1943-57); Contra os Chapadões Meu Nariz (1957-69); Eu Vi um Brasil na TV (1969-85); Inteiro e Não pela Metade (1985-2001) e Sentimento na Sola do Pé (2001-2018). Apresentados conforme contextos histórico-culturais, cada núcleo faz menção a uma composição da época. 

 

Entre as obras expostas está o próprio edifício do Sesc 24 de Maio, projetado por Paulo Mendes da Rocha e o escritório MMBB Arquitetos, e inaugurado em 2017. O projeto, inclusive, rendeu à Mendes da Rocha e ao MMBB premiações como o International Urban Project Award (IUPA), concedido em outubro de 2020 pelas publicações internacionais Bauwelt, da Alemanha e World Architecture WA, da China. 

SESC 24 de Maio

Data 25.11.2020―27.06.2021

Terça a sexta das 15h às 21h

Sábados das 10h às 14h

Agendamento prévio

Entrada gratuita