Antonio Bandeira

2020 - finalizado

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Com curadoria de Regina Teixeira de Barros e Giancarlo Hannud,Antonio Bandeira reúne no Museu de Arte Moderna de São Paulo, de 11 de dezembro de 2019 a 01 de março de 2020, um conjunto de cerca de 70 obras – telas, guaches e aquarelas –, abarcando diferentes momentos da produção artística de Antonio Bandeira, das primeiras pinturas figurativas às grandes telas de densas tramas e gotejamentos dos últimos anos, e tem sua gênese na mostra Antonio Bandeira: um abstracionista amigo da vida, realizada no Espaço Cultural Unifor, Fortaleza, de agosto a dezembro de 2017.

 

Nascido em Fortaleza no dia 26 de maio de 1922, Antonio Bandeira logrou trilhar um caminho incomum no âmbito da arte brasileira. Artista independente em meio às influências locais de seu tempo – mesmo que extremamente ativo em seu ambiente social – não foi em busca dos regionalismos estilísticos e geográficos que por vezes alimentaram artistas de sua geração. Permaneceu à margem de escolas e estilos, jamais emprestando seu nome às declarações de fé estética tão em voga naquele momento.

 

Exigente e metódico, definido por seus pares como artista sério, lacônico e de uma “casmurrice monacal”, trabalhou diligentemente durante toda a vida, legando-nos uma produção surpreendente não só pela qualidade e sensibilidade, mas também pelo volume. Para além disso, dedicou especial atenção à sua própria persona, ao alimentar mitos e narrativas acerca de sua biografia e cultivar sua imagem, criando assim um personagem que muitas vezes suscitou tanto interesse quanto sua obra.

 

Traços, cores, tramas, manchas e respingos aparentemente abstratos efetivamente estampam, nas palavras do artista, “paisagens, marinhas, árvores, portos marítimos, cidades, enfim, apontamentos de viagem. Parto do realismo e, depois, vou aparando a ramaria até chegar ao ponto que minha sensibilidade exige. […] A natureza foi e será, sempre, o meu celeiro”. Esse compromisso alegre com a vida pautou sua aproximação e assimilação da linguagem internacional da arte abstrata. Como resumiria Ferreira Gullar, Bandeira “valeu-se das possibilidades da nova linguagem para expressar sua relação amorosa com a realidade que vivia e a realidade que vivera”.

 

Museu de Arte Moderna de São Paulo

De 11 de dezembro de 2019 a 01 de março de 2020
Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)